Depois da confirmação da derrota de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, o Twitter revelou que os seus diretos de líder mundial serão retirados quando o novo Presidente, Joe Biden, assumir o cargo a 20 de janeiro de 2021.
O Twitter confirmou que a conta oficial de Trump (@realDonaldTrump) estará sujeita às mesmas regras que qualquer outro utilizador, incluindo assim proibição de incitação à violência e de publicar informações falsas sobre o seu voto ou sobre o COVID-19.
Estes direitos especiais no Twitter são aplicados a líderes mundiais e algumas autoridades, onde conteúdo que quebra as regras da plataforma podem ser publicadas, caso haja “um claro valor de interesse público para manter o tweet no serviço”. Esta política de interesse publico foi formalizada em 2019, codificando uma regra que estava a ser cumprida informalmente.
“A abordagem do Twitter para líderes mundiais, candidatos e funcionários públicos é baseada no princípio de que as pessoas devem ser capazes de escolher ver o que os seus líderes estão a dizer em um contexto claro. Isso significa que podemos aplicar avisos e rótulos, e limitar o envolvimento a certos tweets. Essa estrutura de política aplica-se aos atuais líderes mundiais e candidatos a cargos públicos, e não a cidadãos particulares quando estes não ocupam mais os cargos”, confirma um porta-voz do Twitter.
No entanto, o Twitter não aplicará esta regra a líderes mundiais ou entidades que promovam o terrorismo, façam ameaças diretas de violência contra um individuo, publiquem informações privadas (morada de alguém), publiquem fotos ou vídeos íntimos sem o consentimento do sujeito, estejam envolvidos em comportamentos de sexo infantil ou exploração infantil e o encorajamento a automutilação.
Apesar dos diretos especiais dados a Donald Trump, foram vários os exemplos em que a plataforma classificou as publicações do mesmo como fraude ou falsas, como foi o exemplo da publicação onde Trump, incorretamente, mencionava que tinha ganho as eleições.
I WON THIS ELECTION, BY A LOT!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) November 7, 2020