A IBM, uma das maiores e mais antigas empresas informáticas do mundo, vai deixar de oferecer software de análise ou de reconhecimento facial. A informação foi avançada na passada semana pelo CEO da marca, Arvind Krishna.
“A IBM opõe-se firmemente e não tolerará o uso de nenhuma tecnologia de reconhecimento facial, incluindo tecnologia de reconhecimento facial oferecida por outros fornecedores, para vigilância em massa, perfis raciais, violações dos direitos e liberdades humanos básicos ou qualquer finalidade que não seja consistente com nossos valores e princípios de confiança e transparência ”, disse Krishna na carta. “Acreditamos que agora é a hora de iniciar um diálogo nacional sobre se e como a tecnologia de reconhecimento facial deve ser utilizada pelas agências policiais nacionais”.
Os softwares de reconhecimento têm nos últimos anos tido um grande crescimento, muito devido ao crescimento de serviços como os de Inteligência Artificial. Ao mesmo tempo, esta tecnologia que muitas vezes é fornecida por empresas privadas com pouca regulamentação ou supervisão federal, mostrou alguns problemas ao longo das faixas etárias, raciais e étnicas, o que pode fazer com que ferramentas destas não sejam confiáveis para a aplicação da lei e segurança da população.
A IBM ainda tentou ajudar alguns serviços deste género, mas em 2019 partilhou publicamente um conjunto de informações que revelava dados de treino que continha quase um milhão de fotos tiradas da aplicação Flickr sem o consentimento dos utilizadores, mesmo tendo sido partilhadas sob uma licença Creative Commons.
Segundo as informações, a IBM vai deixar de ajudar a desenvolver serviços de reconhecimento facial, próprios ou de terceiros, que possam pôr em causa a privacidade de várias pessoas, sem que as mesmas possam ter opinião sobre o serviço.
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