A International Rights Advocates abriu na última segunda-feira, um processo contra algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo, acusando-as de lucrar com trabalho infantil em África.
Entre as empresas citadas estão Google, Apple, Tesla, Microsoft e Dell. De acordo com a organização, as gigantes do setor tecnológico tinham conhecimento de que a extração de cobalto utilizado nos seus produtos poderia estar relacionada à exploração de mão de obra infantil na África, neste caso mais precisamente na República Democrática do Congo.
Foram denunciados casos de 14 crianças que trabalharam na extração do mineral, cujo histórias terminaram em morte ou ferimentos causados durante o trabalho. Elas eram contratadas por duas empresas, a britânica Glencore e a chinesa Zhejiang Huayou, sendo que ambas têm compradores nas empresas citadas anteriormente.
As famílias afirmam que as crianças trabalhavam num ambiente com más condições, recebendo entre 1 e 2 dólares por dia. Elas solicitam indeminização por crimes como trabalho forçado, falta de supervisão e enriquecimento ilícito.
O que dizem as empresas?
Até agora apenas duas falaram sobre o assunto, a Microsoft e a Glencore, sendo que a primeira já disse estar comprometida com a compra de responsável de minerais e sempre atenta às possíveis violações praticadas pelos seus fornecedores.
No caso da empresa de mineira, foi revelado não ter o costume de comprar mineral extraído artesanalmente na África e que não tolera o trabalho de menores de idade.
O cobalto é um produto muito utilizado na área tecnológica, e existe em larga escala no continente africano, com o Congo a ser responsável por 60% da produção a nível mundial.
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